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quinta-feira, junho 28, 2012

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Posted: 28 Jun 2012 05:50 AM PDT

Este post foi escrito por Adélia Caroline Félix. Participe você também do #Blogrelacoes, veja como aqui!
Há quatro anos, os profissionais de marketing, ou melhor, os profissionais de comunicação, acompanharam passo a passo a campanha eleitoral do atual presidente dos EUA, Barack Obama. Obama firmou suas bases ao aderir estratégias inovadoras e eficientes de marketing político em sua campanha presidencial. Ora, utilizando ações e ferramentas de comunicação desbravadoras, as quais atraíram olhares (e eleitores!), ora, através de uma retórica inconfundível, com discursos marcantes e decisivos. Aderiu às doações online, entrou para a era digital, investindo em seu site oficial e cadastrando-se em dezoito sites de relacionamento, de compartilhamento de vídeos e fotos e de publicação de notícias. Fora das mídias digitais, elaborou discursos flexíveis, baixou o tom da voz, abriu espaço para diálogo, mostrou-se humano e falou o que queria ser ouvido pelos eleitores americanos.
Esse ano, o cenário não está sendo diferente. Em ritmo de campanha, o presidente dos EUA declarou, na quarta-feira (9 de junho), que é favorável ao casamento de pessoas do mesmo sexo, afirmando ainda que é a favor de sua legalização. A declaração aconteceu durante uma entrevista à rede de televisão americana BBC, justamente no momento em que o assunto em questão vem sendo constantemente debatido no país. Aparentemente, a conduta do presidente e candidato democrata pareceu ariscada para um período eleitoral e por seu pioneirismo, uma vez que Obama é o primeiro presidente a declarar publicamente apoio ao casamento gay.
Todavia, sabe-se que, assim como todas as ações políticas de Obama, essa declaração teve como aliado um trabalho pensado e planejado de marketing político. As palavras foram muito bem pensadas e o risco planejado. Em pesquisa recente, o jornal The Washington Post sugere que a opinião dos americanos no tema está se modificando: em 2008 apenas 36% apoiavam a legalização do casamento entre gays, contra 52% na pesquisa este ano. Dessa forma, é possível afirmar que Obama tirou uma das cartas mais valiosas da manga, mudou de lado, mudou para o lado da maioria. Obama desencadeou mais um assunto polêmico para fomentar os debates eleitorais futuros e colocou-se um passo a frente dos adversários, já que seu principal concorrente, o pré-candidato Mitt Romney, preferiu conservar seu apoio ao matrimônio entre homens e mulheres, apenas.
Se isso surtirá efeitos positivos no futuro, só vivendo para ver. O fato é que uma boa percepção de marketing político aliado a uma comunicação proativa, capaz de planejar e projetar cenários são fundamentais na composição de uma campanha política. E isso, diante do que sempre foi mostrado, Obama já tem. O resultado: a campanha de Obama arrecadou US$ 1 milhão em apenas 90 minutos depois da declaração do presidente. Para consolidar ainda mais o assunto, a foto postada na página do Twitter não precisou nem mesmo de legenda.

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